terça-feira, 22 de novembro de 2011

Jogo de Desejo

Que capacidade tens ? Tu me fizeste romper barreiras que me pareciam intransponíveis, minhas barreiras morais, meus princípios. És completamente diferente de tudo que sempre imaginei,sonhei,desejei, gostei. E ainda assim me tens aos teus pés. Como eu queria ser capaz de resistir a ti, os teus carinhos, teu olhar me “engolindo”, tua voz sussurrando coisas nem tão românticas, teu cheiro gostoso, a tua mão agarrando firme minha cintura. Conseguistes algo que eu não consegui minha vida inteira: me mudar. Tu me fizeste descumprir promessas que me fiz, esquecer todos os sonhos românticos que sempre tive. Me mostrastes o lado sujo da paixão, e me fizeste gostar. Hoje não penso mais em mil e uma juras de amor, penso em tudo que tu me mostraste. Curto o lado proibido dessa história. Curto o segredo que temos que manter.Curto os apelidos que me deste. Curto teus beijos, apressados ou mais lentos, mas sempre melhores. Curto tua mão boba. Curto demais teu olhar cafajeste. Curto cada palavra que digas com aquela voz que só usas quando queres seduzir. Curto teu jeito de me dominar. Curto o jeito como já te dominei. Curto cada milímetro do teu corpo. Curto nosso jogo de desejo, onde nenhum quer ceder, onde ambos já cederam, onde ambos não sabem o que vai ser na próxima rodada.

sábado, 9 de julho de 2011

CONTO: Quarto 209 - Parte 2

Não sei exatamente como aconteceu, juro, foi rápido demais. Quando eu vi já estava dentro daquele quarto 209, prensada contra a porta, com aquelas mãos fortes do Kadu percorrendo todo o meu corpo enquanto nos beijávamos. Ali mesmo arranquei seu casaco e ele minha camiseta. Em pouco tempo estávamos encostados na cama, apenas com nossas lingeries.

Resolvi, então, tomar as rédeas da situação. Começar a entender o que estava acontecendo e fazer exatamente o que eu queria fazer. Percebi que uma musica tocava. Foi o que eu precisava para deitá-lo na cama, ficar de pé sobre ele e ensaiar um strip com o que me restava de roupa. Rebolei e o provoquei; fiquei de quatro sobre ele, mordiscando sua orelha e fui descendo, beijando seu peitoral, mordendo. Rápido, ele abriu o sutiã que eu ainda vestia. Arranquei fora e continuei descendo. Passei vagarosamente pelo grande volume escondido por aquela cueca boxer vermelha. Nesse momento ele me puxou de volta para o peito dele, e jogou-me do lado dele na cama. E foi ele que virou o jogo.

Subiu pra cima de mim, começou com beijos no meu pescoço, passou por mordidas, lambidas e beijos nos meus seios, desceu em direção ao meu umbigo, e por fim, tirou com os dentes, literalmente, minha calcinha. Voltou suas mãos, alisando minhas coxas, até minha cintura, onde parou e me levantou. Fez com que eu ‘montasse’ nele. Enquanto nos beijávamos fui dando um jeito de puxar aquela cueca e tocar o conteúdo. Surgiu então a dúvida:
- Kadu, você tem camisinha?
Ele tinha. Comecei a bater uma pra ele apenas pra facilitar que ele a colocasse. Feito isso me jogou novamente na cama, e foi. Mas não foi até o fim. O prazer estava tremendo. Aquele era o homem mais gostoso da minha vida, gemíamos, seriamente, alto, mas não havia controle. Eu que nunca tinha imaginado ficar com o Kadu estava transando com ele desejando repetir aquilo pelo resto da viagem,todos os dias, todas as horas. Mas antes de chegarmos ao orgasmo ele parou, me levantou, me conduziu até a parede, e voltou a penetrar, dessa vez me tendo de costas pra ele, como todo homem realmente prefere. Então ele gozou, infelizmente. Infelizmente porque eu não queria parar. Mas me pegando pela cintura ele me deixou na cama e foi pro banheiro.

Deitei e fiquei refletindo sobre aquilo. Ele volta e novamente me surpreende:
- Você está bem, Brenda? Não era mais virgem né?
Ele estava lindamente preocupado comigo.
- Estou ótima, Kadu, fica tranqüilo. Eu não era mais virgem não.
- Não te machuquei então? – ele tava realmente preocupado.
- Fica tranqüilo, eu já disse, está tudo bem, tudo ótimo, foi incrível.

O professor que pra mim não era mais aquele santo tímido pediu então licença e foi tomar banho. Saiu de lá de cueca apenas. Deixando o bainheiro livre pra que eu tomasse banho. Quando estou saindo, antes mesmo que eu me vestisse, ele me chama. Sento de frente pra ele na cama.
- Isso não sai daqui né? – a preocupação dele parecia mudar de foco.
- Obvio que não! Não quero estragar com a vida de ninguém.
- Por isso que eu te escolhi, você é muito especial, Brendinha.
- Promete que nossa relação depois disso não vai mudar? Que seguiremos sendo aluna e professor normalmente?
- Claro! Sairemos daqui tendo a mesma relação que tínhamos antes de começarmos essa viagem.

Nos beijamos pela última vez, colocamos nossas roupas que estavam espalhadas pelo chão e saímos, cada um apara o seu lado, eu voltando ao meu quarto, ele descendo encontrar com o pessoal.

E durante todos os dias, até hoje, há sempre uma provocação picante de uma parte ou de outra. Mas aparentemente, temos nada mais do que uma relação de aluna e professor com afinidades. Lélih Haubert

CONTO: Quarto 209 - Parte 1

“Nome: Brenda Asky , Função: se meter com homens casados e/ou comprometidos. “ Sinceramente, esse deveria ser meu cartão de visitas, minha carta de apresentação, meu perfil em qualquer lugar. Afinal, não deve haver mais ninguém no mundo com tamanha capacidade de só se atrair por caras – bem – mais velhos e com esposa, namorada, noiva ou afins.

Juro, nunca foi intencional, mas, pouco a pouco, minha lista de pai da amiga, vizinho, amigo dos meus pais, ia ficando maior. Com professores eu nunca tinha transado. Já havia fica em festa, em ‘aulas prolongadas’, mas nenhum nunca me enlouqueceu como o Kadu.

Ele estava longe de ser o professor mais bonito da escola, o que mais chama atenção, e é sempre esse tipo que me agrada. Chega a ser tímido, porém é brincalhão e sorridente. Encantador, na verdade, mas pouco notado. De todos os professores, sempre foi, sem malícias, o que eu me dei melhor. O jeito quieto sempre passou a idéia de homem fiel a esposa e as suas idéias. E sempre foi, ao que eu sei. Bom, FOI, até semana passada...

Chegou Julho. Do nosso um mês de férias, duas semanas seria de excursão. Os três terceirões com todos os professores, na serra, aproveitando em grupo nossas últimas férias escolares.

Eu, na verdade, não era dessas que ia pros lugares de olho em mil paqueras. Mas quando rolava, eu não costumava resistir. E foi assim que rolou com o Kadu. Começou na piscina. Uma brincadeira aqui, uma subida nas costas dele ali, um abraço comemorando nosso ponto no vôlei aquático que inventamos... até que ele levou pra um cantinho da piscina, longe do nosso jogo, por baixo d’agua – onde ninguém podia ver – apertou minha bunda e me deu um selinho. Em seguida saiu dali, anunciando a todos que ia pro quarto tomar banho.

Toda atitude dele, me surpreendeu. Fiquei inquieta. Sai e entrei na piscina umas 5 vezes, até que resolvi passar o tempo um pouco sentada nas espreguiçadeiras, passar o tempo que eu julgava aceitável após a saída do Kadu para subir também sem que percebessem o motivo do meu abandono de turma. Subi. Coloquei uma roupa e ia descer, fazer qualquer coisa, não conseguiria ficar trancada no quarto. Saí. O porém é que para chegar ao elevador, eu tinha de passar na frente do quarto onde o Kadu estava. E foi esse o dia que eu não cheguei no elevador.

Continua...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Conto - O Trio - Parte 2

Puxar a cadeira para eu sentar? Fazer massagem nos meus ombros ao passar atrás de mim? Isso não era normal. Porém, jantamos como grandes amigos mesmo. Tivemos conversas que havia dois anos que não tínhamos. Quando terminamos ele falou que ia subir, fazer uma ligação e eu me despedi para ir embora. Já dentro do meu carro lembrei que a Karina tinha prometido me mandar por ele algumas lembranças e resolvi voltar para pegá-las, eu estava curiosa. Subi, toquei no quarto dele, pedi os objetos e perguntei até quando ele ficaria por aqui. Com o jeito tranqüilo – para não dizer outra coisa – do Anderson, ele sentou, me explicou todos os seus planos para o seu sábado em POA, invés de falar enquanto procurava na bagagem o que eu tinha vindo buscar.

De repente, gelei. Senti o pé dele subindo pela minha perna e isso estranhamente me arrepiava. PORRA, ELE É MEU AMIGO! – foi o que gritei pra mim mesma, até ele me beijar. E que beijo! Jamais eu havia visto o Ande de outra forma, mas naquele momento eu o desejava com todas as minhas forças. Um homem lindo como ele sempre foi, explodindo de tesão por mim como ele estava e sabendo tocar nos meus pontos fracos mesmo sem os conhecê-los, isso fez com que eu pegasse fogo.

Silencioso tirou minha blusa e sua camiseta. Arrancou meu sutiã e fez o que quis com meus seios, lambeu, beijou, mordeu, acariciou. Beijou desde a minha boca até abaixo do meu umbigo, quando abriu minha calça e colocou sua mão lá dentro. Eu estava sem reação, mas precisava mudar este quadro. Passei minha mão no seu pênis ainda por cima da calça, mordisquei seus lábios, dei uma cravadinha das minhas unhas nas costas nuas e fortes dele. Abri a calça, abaixei levemente sua cueca boxer branca e comecei a bater uma punheta pra ele. Ainda sem dizer nada ele me pegou pela raiz inferior dos cabelos e me forçou para baixo. Ainda tentei resistir, mas naquele momento resistir a fazer oral nele já estava praticamente impossível. Mas parei antes que ele gozasse. O fiz com a mão mesmo. Fim da nossa loucura. Me recompus enquanto ele se trocava.

Quando ele voltou do banheiro sentamos na cama, cara a cara, tentando entender o que havíamos acabado de fazer, até que o Ande tentou se explicar:
“Mandinha, eu amo a Karina, ela é a mulher da minha vida, sempre foi e sempre vai ser. Mas você é linda, e aqui, no meu quarto, não pude resistir. Mas, hey, esse fica um segredo nosso né?”

Ele achava o que? Que eu ia contar pra Ka?

“Claro né, Anderson, isso nunca vai sair daqui, caso contrário estamos os dois perdidos, arruinaria a vida de nós dois” – foi o que respondi.

Numa troca de olhares cúmplice e canalha afirmamos que confiávamos um no outro. No dia seguinte só nos vimos quando fui até a rodoviária me despedir dele, quando ele estava a poucos minutos de voltar para Pelotas. E então éramos apenas os velhos amigos de sempre.

By Lélih Haubert

Conto - O Trio - Parte 1

Típico amor de infância. Assim era a relação da Karina com o Anderson. Acompanhei cada detalhe, de tudo. Desde o primeiro cartãozinho com uma bala, aos 8 anos, até o casamento deles, há dois anos atrás, quando estávamos todos com 20 anos. Um nunca pensou em relacionar-se com outra pessoa a não ser o outro. E eu nunca os vi de outra forma a não ser como meus melhores amigos.

Sempre ‘cuidei’ da Ka pro Anderson. Ela sempre soube de todos meus segredos, eu dos dela. Por outro lado sempre ouvi muito o Ande, éramos amigos mesmo, ríamos muito quando estávamos juntos. Desde os tempos da escola éramos o trio inseparável, nada parecia ser capaz de mudar esse sentimento de irmandade que tínhamos um pelo outro. É, parecia.

A última vez que nos vimos foi no dia do casamento deles, pois depois disso saí de Pelotas, nossa cidade natal, pra cursar publicidade em Porto Alegre. Minhas conversas com ela não diminuíram, desde então, apenas ela passou a me contar inclusive detalhes de sua vida conjugal por telefone, MSN, skype e afins. Com ele a coisa mudou um pouco, ele não era tão adepto assim desses meios de comunicação, então passamos a nos falar mais em datas comemorativas, apenas. Em dois anos não tive tempo de voltar pra lá, eu estudava, trabalhava e nas férias que tive aproveitei pra viajar, curtir um pouco minha vida que estava tomada por livros e programas de edição de imagem e etc. Namorar era palavra que eu não conhecia, pelo menos não no momento, me faltava tempo pra qualquer projeto de relacionamento sério. Mas eu sabia levar e nunca chegava a subir pelas paredes.

Numa terça-feira qualquer, na minha rotineira visita aos meus e-mails encontro um da Karina:
“Amanda, minha amiga, nessa sexta o Ande está indo aí para Porto para uma palestra pro pessoal que faz facul na área da comunicação. Eu adoraria ir junto, para ver-te, estou com muitas saudades, mas não poderei. Cuide dele pra mim? Rsrsrs “

Esse e-mail dela não era nada mais do que, diante da nossa amizade, eu poderia esperar. Claro que eu respondi que cuidaria dele e que o levaria para conhecer a capital, era o que ela esperava de mim também. No mesmo dia, à noite, descobri que também estava convidada para a tal palestra. Melhor ainda. Mais tempo com o meu amigo eu iria passar.

Eis que chega a sexta-feira. Dispensa do serviço garantida para um dia de palestras. Parecia ruim, mas estava animada por ver o Ande depois de tanto tempo. Porém, logo ao chegar no salão e cumprimentá-lo reparei que algo estava errado, algo havia mudado nele, mas achei que era encanação minha e lá ficamos, por longas horas ouvindo mil teorias. Ao final, ele me chamou pra irmos pro hotel onde ele estava hospedado junto com o pessoal da faculdade dele. Não era novidade jantar com o Anderson, jogarmos conversa fora, rirmos. Mas o jeito como ele estava agindo era novidade sim.

(Continua...)

domingo, 20 de março de 2011

Amor Impossível - ou não ! - Parte 2

Depois desse final de semana juntos, entre discretos beijinhos e carinhos, trocamos e-mails e telefones. E depois tivemos que cada um voltar pra sua cidade: Belo Horizonte, eu; Rio de Janeiro, ele. Fui já sentindo saudade, mas também me preparando para nunca mais voltar a vê-lo, a falar com ele. Porém, no dia seguinte, na minha consulta rotineira à minha caixa de e-mails estava lá, um e-mail dele. Dando-me bom dia, nada demais, só que foi a atitude que eu precisava pra ter certeza de que ficar 4 anos apaixonada por um homem “impossível”, não tinha sido em vão.

Um mês depois de tudo isso que ele foi descobrir um pequeno detalhe sobre mim: eu estava completando 17 anos. Isso o espantou, mas não o fez desistir de mim, apesar dos 26 anos de diferença que tínhamos. Consegui ir pro Rio algum tempo depois, após muito economizar, pra fazer meu curso de teatro tão sonhado e além de tudo encontrar o Eduardo.

Nesse momento nosso relacionamento tinha seis meses, todas as mídias já o haviam noticiado e eu estava trabalhando como modelo fotográfica. Mas todos sintomas mais a confirmação por um exame me trouxeram a notícia que mudaria tudo: eu estava grávida. Isso fez com que fossemos morar juntos pra melhor criar nossos filhos. Por eu ser menor, não podíamos casar legalmente, mas isso seria mera formalidade. Já que tínhamos nossa casa, nosso amor e Matheus e Marina para cuidar. Nosso casal de gêmeos, aos olhos de muitos, foi golpe meu para tirar o dinheiro do Edu; de outros foi um erro, por eu ser muito jovem e por acharem que nossa relação não teria futuro; mas pra nós eles eram nosso maior acerto, vieram pra nos unir ainda mais.

Claro, foi extremamente conturbado o primeiro ano de vida deles, afinal, se um bebê já dá trabalho, dois é tarefa maior ainda. Mas passamos pelo teste. Depois que tudo estava mais calmo, consegui voltar ao meu curso, que tive de parar por conta da gravidez, continuei com as fotos pra campanhas de algumas marcas e consegui meu primeiro papel na TV.

Pude, então, provar pra todos, que eu não era interesseira, nem golpista. Que toda nossa história parecia impossível, mas o amor era verdadeiro e isso é o suficiente. O “Felizes Para Sempre” pode não existir, mas contos de fadas podem existir, meio tortos, às vezes, e sem princesas e príncipes perfeitos, mas acontecem, afinal, o verdadeiro conto de fada é aquele onde há amor,independente de qualquer coisa.

FIM

Lélih Haubert

Amor Impossível - ou não !

Existem coisas na vida que acontecem e nós não entendemos. Parece loucura ou que está errado, mas não, tem um motivo de ser. Porém demoramos um pouco para compreender, às vezes. Como foi minha história com o Eduardo.

Era uma noite de sábado, fui ao teatro assistir a uma peça e ao voltar pra casa não conseguia mais tirar o ator principal da minha cabeça. Não era só admiração, não era só o fato de ele ser excelente, era um encantamento fora do normal. Mas vida que segue, os dias iam passando e buscar o nome dele nos cartazes pela rua, nos sites de busca na internet parecia inevitável.

Quatro anos se passaram. Ele tinha se mudado pro Rio de Janeiro, estava bem, ganhando muito dinheiro e famoso, muito famoso. Só que nada disso me importava. Eu tinha,agora,certeza de que o amava e queria pelo menos uma chance de ver qual seria a reação dele. Eis que descobri, sem querer, que ele estaria no maior festival de teatro daqui de Minas. Era o que eu precisava !

Consegui estadia na casa de uma amiga, já que eu não era da cidade onde ocorria o festival, dinheiro e, o mais importante, pulseirinha para entrada no evento. Fui, então, um dia antes pra cidade. Mal podia esperar aquela noite, que seria a mais importante de todas pra mim. Mas ter alguns contatos interessantes, me renderam descobrir o hotel em que ele estava hospedado, e lá fui eu.

E ao ter a chance de almoçar com ele fui percebendo duas coisas: primeira, meu amor não era em vão, pois ele era realmente encantador; segunda, essa história, apesar de doida, estava escrita, precisava acontecer. Conversamos como se nos conhecêssemos há anos, como se não houvesse diferença de idade, como se tivéssemos tido toda nossas vidas juntos. Depois de agradáveis 2 horas, fui pra minha ‘casa temporária’ e lá fiquei aquela tarde, num misto de ansiedade pela noite e sem acreditar no almoço que eu tinha tido.

Na esperada festa, a cada momento, eu tinha mais certeza de que nada era por acaso. Cenas de filmes em que o casal de mocinhos resolvem ir ao bar buscar bebida ao mesmo tempo não acontecem na vida real, não é mesmo? Pois acontecem, pelo menos comigo e com o Edu. E o sorriso dele ao me ver foi a coisa mais linda que eu já havia visto. E foi depois de algumas frases que trocamos apenas por protocolo que nos beijamos pela primeira vez. Curtimos alguns minutos juntos, depois nos separamos e fomos embora. Afinal, havia pouco tempo que ele estava divorciado, não era interessante aparecer com outra, não sendo um relacionamento sério. Mas antes, combinamos de almoçar juntos no hotel dele novamente, no dia seguinte. E assim o fizemos.

( Continua... )

Lélih Haubert

sábado, 12 de março de 2011

Nova Fase !

Bom gente, como já deve ter dado pra perceber pelos meus dois ultimos posts, o blog ta mudando um pouquinho. Vou deixar os textos mais bonitinhos e romanticos vou deixar pro meu Tumblr. Aqui vou postar alguns contos meio calientes rs Nada pornográfico. Serão contos com situações adolescentes, da sexualidade jovem.

Pra começar já postei as duas partes do conto "A borracharia abandonada".

Espero que leiam, gostem e comentem.


Besitos da Lélih Haubert

A borracharia abandonada - Parte 2

Eu nunca havia passado por nada tão forte, tão surpreendente, tão sem explicação. Então, nos primeiros dois dias após àquela tempestade eu achava natural passar vagarosamente em frente à tal borracharia, mas passou-se uma semana, quinze dias, um mês e eu não conseguia ignorar aquele dia. Até que, num dia qualquer, resolvi entrar, sentar-me no velho colchão e lembrar daquela louca tarde.Mas não fui a única a ter essa idéia.

Ao subir as escadas me deparei com ele recostado no colchão. Seco, desta vez, porém ainda mais lindo. Com um sorriso nos lábios me disse:

- “eu sabia que você vinha”

Milhões de pensamentos passaram pela minha cabeça e pelo meu coração em questão de frações de segundos, mas minha boca não conseguiu pronunciar nenhuma. Quando percebi ele já estava com a mão na minha cintura, beijando meu pescoço. Tirou minha blusa, permitiu que eu tirasse sua camiseta. Era tão bom ser dele novamente. Eu tinha acabado de perceber que tinha sentido muita saudade dele. Seus beijos, o jeito como ele me tocava, continuavam sendo os melhores.

Mas por um momento passou pela minha cabeça resistir.Afinal, nunca sonhei em perder minha virgindade com um cara que havia visto apenas uma vez em toda minha vida, que eu não sabia nem o nome. E como dizer isso? Como pedir pra parar algo que eu estava amando? Não consegui.

Então me entreguei. E foi diferente do que sempre pensei que pudesse ser a minha primeira vez. Nada de dor ou desconforto. Tudo de desejo e prazer. Tive a certeza de que foi melhor do que se tivesse sido em Miami Beach, ao luar, com meu príncipe encantado, como algumas vezes eu sonhei. De cansaço e satisfação adormeci. E outra vez o perdi.

Só me restava mais uma vez voltar pra casa e fingir mais uma vez que nada de mais havia se passado comigo. Praticamente não saía do quarto, tentando entender o que tinha acontecido comigo nesse ultimo mês. Eu tinha duas certezas, opostas, mas certezas: Eu não era apaixonada por ele. E eu sabia que tudo tinha valido a pena,mesmo sem amor.

Alguns dias se passaram até que sucumbi a tentação de voltar à borracharia e em cima daquele velho, rasgado, porém tão importante, colchão encontrei um bilhete que dizia:
“Eu Sabia que você viria. Mas hoje não pude esperar, por isso nossa despedida será por meio deste bilhete. Fico feliz em ter sido importante pra você, Marcela (sim, eu li seu nome na capa do seu caderno, no dia da tempestade). Você também foi especial pra mim. Mas me caso neste final de semana e esse é o motivo pelo qual peço que não volte a me procurar aqui, pois não voltarás a me encontrar. Ah, você precisa saber: meu nome é Pedro.”

Minha tranqüilidade e até felicidade com aquelas palavras surpreenderiam qualquer pessoa. Mas eu, que sabia que tudo que eu tinha com ele era atração, era desejo, estava vibrando com o fato de ao menos saber o nome daquele que eu jamais esqueceria, ainda que nunca mais o visse.

FIM

Lélih Haubert

sexta-feira, 11 de março de 2011

A borracharia abandonada

Esse era daqueles dias em que parece que tudo vai dar errado. Saí de casa 5 minutos atrasada pra escola, por sorte ainda consegui pegar o ônibus na Rua de baixo. Por azar esqueci o livro de biologia. E por azar também não tenho uma bola de cristal pra prever que o tempo viraria e o maior temporal destruiria a cidade inteira. Celulares sem sinal, minha mãe já devia estar surtando em casa por eu estar na rua. Eu tinha de enfrentar a chuva e chegar o mais breve possível em casa.

As ruas alagadas impediam o trânsito de carros, caminhões, ônibus e todo e qualquer veículo. Sem ônibus, tive de ir a pé. Não era longe. Na primeira esquina minha roupa já pesava o dobro do peso inicial, culpa da chuva que a encharcou. Mas não havia nada que eu pudesse fazer, afinal eu não estava com o guarda-chuva, e ainda que estivesse, certamente ele já teria sido revirado com o vento. Segui caminhando rápido em direção a minha casa. Porém, a quatro quadras do meu destino final o vento, a chuva e os raios ficaram muito mais fortes. Pensei que minha mãe iria preferir uma filha que chegasse um pouco depois em casa do que uma filha morta. Entrei em uma borracharia abandonada.

O lugar era bem macabro, não havia mais porta em nenhum dos lados. Subi umas imundas escadas e fui tentar me secar um pouco no que um dia foi um projeto de quarto/cozinha. Restava uma pia e um colchão rasgado. Eu julgava estar sozinha, afinal, quem mais estaria naquele lugar bizarro? Tirei a camiseta do colégio e a torci na pia, nisso sinto uma respiração forte e molhada logo atrás de mim, acompanhada de uma voz que dizia: “Quando imaginei encontrar alguém aqui...”. Me virei assustada indagando quem ele era, mas ao vê-lo, perdi as palavras. Era sem dúvidas o homem mais lindo que eu já havia visto. Seu corpo era perfeito, molhado. Seu olhar me hipnotizava de uma maneira inexplicável. Seu sorriso iluminava e me encantava. Ele já me possuída como ninguém jamais tinha conseguido me deixar sem chão. Ele percebeu o seu poder sobre mim. Se aproximou, me puxou pela cintura e me beijou. Quem disse que o melhor beijo é o de amor? Não sabia nada dele, mas o beijo dele era o melhor da minha vida, era um beijo com desejo, com pegada, com fogo. Eu não podia resistir, eu não queria resistir. Ele me colocou no colchão rasgado nem tão forte que eu pudesse me machucar, nem tão delicado como os mocinhos dos filmes, arrancou sua camisa. Naquele momento eu tinha certeza que eu ia dar pra ele a honra da minha primeira vez. E eu gostava da idéia. Nunca nenhum tinha me tocado de forma tão quente, com tanto desejo. Exploramos cada centímetro do corpo um do outro. Beijos, mordidas, toques, lambidas, usamos todos os artifícios imagináveis para termos prazer antes de consumar o ato. Então toca meu celular. Sim, o sinal havia voltado. Droga !

Nesse momento ele se levantou, vestiu sua roupa ainda extremamente molhada. Eu só fechei meu sutiã e atendi o telefonema da minha mãe dizendo tudo que eu já imaginava que ela diria e fui aos poucos percebendo que o temporal já havia passado. Prometi para ela que em 15 minutos estaria em casa e ao desligar o telefone ele já não estava ali. Terminei de me vestir e corri para a rua, não o encontrei mais. Fui então para casa encontrar com uma mãe desesperada. Não dei bola pra o surto dela, era apenas mais um. Fugi logo para o meu quarto com a desculpa de tirar a roupa molhada para não ficar doente. E no banho só conseguia lembrar dos momentos que tive com aquele que não sei nem o nome e que jamais voltarei a ver.

(continua...)

Lélih Haubert

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ser Fã

Quem é fã sabe, que vida dura temos, não? São criticas de todos os lados, é o ídolo nem saber que existimos, é ver falarem mal daquele que tanto amamos. Coitados. Coitado de quem não é e nem nunca foi fã, que não se manteve de pé por uma simples frase em uma música, ou por um sorriso de alguém que está longe; coitado de quem nunca foi fã, pois nunca conheceu a maior forma de amor, aquele que se dá todo carinho, toda dedicação que temos, sem pedir nada em troca; ou até pedimos, mas o máximo que ousamos sonhar é com um abraço. Coitado daquele que não sabe que cada grito histérico pode romper barreiras intransponíveis. Coitado do artista que não valoriza seu fã. Ter um ídolo é ter um porto seguro, é ver um raio de sol em meio as nuvens, é avistar uma gota de água em meio ao deserto, é ter esperança. É depositar todas suas forças em alguém que, mesmo sem saber, te dá forças também. Agradeço aos meus ídolos que muito já me fizeram sorrir,chorar de alegria, chorar de emoção, que muito já me deram força quando eu precisava e não tinha ninguém, que muito já não me deixaram cair.