Puxar a cadeira para eu sentar? Fazer massagem nos meus ombros ao passar atrás de mim? Isso não era normal. Porém, jantamos como grandes amigos mesmo. Tivemos conversas que havia dois anos que não tínhamos. Quando terminamos ele falou que ia subir, fazer uma ligação e eu me despedi para ir embora. Já dentro do meu carro lembrei que a Karina tinha prometido me mandar por ele algumas lembranças e resolvi voltar para pegá-las, eu estava curiosa. Subi, toquei no quarto dele, pedi os objetos e perguntei até quando ele ficaria por aqui. Com o jeito tranqüilo – para não dizer outra coisa – do Anderson, ele sentou, me explicou todos os seus planos para o seu sábado em POA, invés de falar enquanto procurava na bagagem o que eu tinha vindo buscar.
De repente, gelei. Senti o pé dele subindo pela minha perna e isso estranhamente me arrepiava. PORRA, ELE É MEU AMIGO! – foi o que gritei pra mim mesma, até ele me beijar. E que beijo! Jamais eu havia visto o Ande de outra forma, mas naquele momento eu o desejava com todas as minhas forças. Um homem lindo como ele sempre foi, explodindo de tesão por mim como ele estava e sabendo tocar nos meus pontos fracos mesmo sem os conhecê-los, isso fez com que eu pegasse fogo.
Silencioso tirou minha blusa e sua camiseta. Arrancou meu sutiã e fez o que quis com meus seios, lambeu, beijou, mordeu, acariciou. Beijou desde a minha boca até abaixo do meu umbigo, quando abriu minha calça e colocou sua mão lá dentro. Eu estava sem reação, mas precisava mudar este quadro. Passei minha mão no seu pênis ainda por cima da calça, mordisquei seus lábios, dei uma cravadinha das minhas unhas nas costas nuas e fortes dele. Abri a calça, abaixei levemente sua cueca boxer branca e comecei a bater uma punheta pra ele. Ainda sem dizer nada ele me pegou pela raiz inferior dos cabelos e me forçou para baixo. Ainda tentei resistir, mas naquele momento resistir a fazer oral nele já estava praticamente impossível. Mas parei antes que ele gozasse. O fiz com a mão mesmo. Fim da nossa loucura. Me recompus enquanto ele se trocava.
Quando ele voltou do banheiro sentamos na cama, cara a cara, tentando entender o que havíamos acabado de fazer, até que o Ande tentou se explicar:
“Mandinha, eu amo a Karina, ela é a mulher da minha vida, sempre foi e sempre vai ser. Mas você é linda, e aqui, no meu quarto, não pude resistir. Mas, hey, esse fica um segredo nosso né?”
Ele achava o que? Que eu ia contar pra Ka?
“Claro né, Anderson, isso nunca vai sair daqui, caso contrário estamos os dois perdidos, arruinaria a vida de nós dois” – foi o que respondi.
Numa troca de olhares cúmplice e canalha afirmamos que confiávamos um no outro.
No dia seguinte só nos vimos quando fui até a rodoviária me despedir dele, quando ele estava a poucos minutos de voltar para Pelotas. E então éramos apenas os velhos amigos de sempre.
By Lélih Haubert
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